Cofundador do Google acusa governos de não quererem internet aberta
O cofundador do Google, Sergey Brin, afirmou que está preocupado com o
futuro da internet. Em entrevista ao jornal britânico "The Guardian",
ele afirmou que "há forças muito poderosas que se alinharam contra a
internet aberta em todos os lados do mundo".
Brin acredita que os
governos de países pressionam as empresas e provedores de internet,
tentando controlar o fluxo de informação na web, fazendo com que eles
sejam a principal ameaça à liberdade da internet no mundo.
Outros
vilões, segundo ele, são a indústria do entretenimento, que tenta acabar
com a pirataria, e empresas como Apple e Facebook, que controlam quais
programas podem ser lançados em suas plataformas. "Estou mais preocupado
com isso agora do que estava no passado. É assustador", disse.
O
executivo acusa o Facebook de não querer compartilhar dados de seus
usuários com outras empresas, e diz que seria "impossível criar uma
companhia como o Google se a internet fosse dominada pela rede social".
"Você tem que jogar com as regras deles, que são muito restritivas".
Em nome da internet livre, o
Google encerrou
uma série de operações na China em janeiro de 2010, tentando evitar que
o governo do país pudesse acessar informações dos usuários e
controlasse o fluxo de informações na web. A empresa mantém o sistema
operacional móvel Android aberto para desenvolvedores. Recentemente, por
conta de críticas quanto a privacidade dos dados dos usuários em seus
serviços, a empresa mudou sua política de privacidade.
"Fazemos o
possível para proteger as informações. Se tivéssemos uma varinha mágica e
não sermos obrigados a responder às leis dos Estados Unidos, seria
ótimo. Se vivêssemos em uma jurisdição mágica em que todos no mundo
confiássem, também seria ótimo. Estamos fazendo o melhor possível",
disse Brin ao "The Guardian".